terça-feira, 28 de maio de 2013

Decorando a porta da sala de aula

Oieee!!!

Vai decorar a porta da Salinha? Vim postar algumas ideias pra te ajudar.
Eu já tinha aqui no blog algumas ideias super criativas para decorar a porta da sala, mas não tinha os moldes... advinha, encontrei os moldes... Tudo da revista Maestra Jardinera.

Abaixo, sapinho e girafa... uma graça!
Moldes dos dois, clique para ampliar!

Oh, este burrico não é uma graça???

Molde do burrinho, clique para ampliar.









fonte: blog pragentemiuda.

Atividade para a Semana do Meio Ambiente


Esta é uma atividade muito legal para fazer naSemana do Meio Ambiente. Faça uma página por dia e no fim da atividade, cada criança leva seu livrinho pra casa. Para fazer, use técnicas variadas como colagem, carimbo das mãos, origami...

Capa Fechada

Capa Aberta(colagem de sementes)
Página 01(carimbo das mãozinhas)
Páginas 02(Colagem) Você pode usar serragem para a terra e folhas de verdade na copa da árvore.
Página 03 (Origami e colagem)
Página 04(Pintura) Para dar uma textura bacana no planeta terra, espalhe areia sobre acolana parte verde (terra). Espere secar e depois pinte.
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Até mais!!!










M ais algumas dicas pra trabalhar com a turma na semana do meio ambiente... Estas ideias aqui são pra trabalhar com prendedores de roupa e feltrou ou EVA. A sugestão é trabalhar com músicas e temos aqui duas ideias, uma pra turminha pequena (maternal e creche) e outra pra turminha maior... Veja como é fácil fazer ratinhos e jacaré usando simples materiais... Vamos conferir?

Dica de atividade pra trabalhar a música "Eu conheço um jacaré..."
"Eu conheço um jacaré, que gosta de comer...
Cuida bem da Dona Árvore,
Se não o jacaré, come seu nariz e o dedão do pé!"

Ir trocando os nomes D. Árvore, por RiozinhoAnimais, Meio Ambiente e outros nomes.



Música do Ratinho "Rap do reciclar" - Trecho da música:
"Lata, plástico, papel e vidro,
vão reciclar, é prá acabar.
Vou repetir mais uma vez,
Você limpa bem o seu ouvido:
Lata, plástico, papel e vidro
cada um tem uma cesta especial.
Tá bom não falo mais, Tchau!"


Gostou? Baixe a música AQUI


lembrancinha para o Meio Ambiente são os Bonecos Ecológicos. Eles não são fofos? As criançasamamcortar os cabelos e decorar o boneco. Aprenda a fazer o seu!

Porquinho Ecológico daFesta Express.

Pirata Ecológico, daFesta Express.
Boneco Ecológico, doFamily Fun.

De que vou precisar?Você vai precisar de: 01 perna de meia calça, 100 gr de alpiste, 300 gr de serragem, 01 tubo de cola, 01 tesoura sem ponta e enfeites para seu boneco ecológico.

Como que faz?
Corte uma perna da meia calça.Coloque o alpiste e complete com serragem, feche a meia e modele em forma de bola.Monte o boneco ecológico ao seu gosto.Molhe a cabeça do boneco, em alguns dias o alpiste começa a nascer dando origem aos cabelos. Aí você corta e espera crescer de novo...
Pura diversão!


Outras  ideias:
meia calça fina velha e sementes de alpiste (desses que passarinho come) com pó de serragem. Amarra formando uma bolinha e molha todos os dias, que a plantinha nasce rapidinho... As crianças adoram ver o cabelinho crescer!'' 

Dá pra ser trabalhada pra Primavera, Meio Ambiente ou Dia da Árvore. Decore os potinhos e use sementes de alpiste e espera germinar na sala. A minhoca e as última foram feitas com meias finas... Amei a minhoca e os "cabelinhos" amarrados...







Recursos para contar histórias


Que história contar?


FAIXA ETÁRIA E INTERESSES

Até 3 Anos
_ Histórias de bichos e com crianças
_ Contos rítmicos leves lúdicos e bem humorados, curtos

De 3 a 6 anos
_ Histórias de bichos
_ Pequenos contos de fadas
_ Poemas ,Trava-línguas, Parlendas
_ Cantigas de rodas
_ limeriques

7 anos a 8 anos
_ Histórias de crianças, animais e encantamentos
_ Contos de fadas
_ Aventuras no ambiente próximo: família e comunidade
_ Histórias humorísticas
_ Lendas folclóricas

9 a 10 anos
_ Mitos
_ Contos de fadas mais elaborados
_ Histórias verídicas, narrativas de viagens
_ Histórias de humor

11 e 12 anos
_ Mitos (hindus, pérsas, árabes, egípcios)
_ Narrativas de viagens
_ Histórias verídicas
_ Mitos de heróis


“ENTROU POR UMA PORTA E SAIU PELA OUTRA...
QUEM QUISER QUE CONTE OUTRA!”
Muitos são os meios utilizados para incentivar a leitura, e dentre eles está a contação de histórias, através da qual, mediador e ouvinte viajam por um mundo de sonhos e fantasias… Podemos apontar inúmeras técnicas de leitura e regras para uma boa contação de histórias, mas todos esses recursos devem estar aliados a EMOÇÂO. Sem emoção, o mediador não consegue transmitir o significado daquela leitura, e de nada adiantou aquele momento… A partir da narração de uma hitória, estamos compartilhando momentos, emoções e despertando reflexões…Mais do que técnicas, a arte de contar histórias está dentro de cada um de nós.

FORMAS DE APRESENTAÇÃO DAS HISTÓRIAS
_ CONTAÇÃO
_ COM O LIVRO
_ COM GRAVURAS
_ COM FANELÓGRAFO
_ COM DESENHOS
_ COM INTERFERÊNCIA
_ PARA CADA SITUAÇÃO UM RECURSO
- COM DOBRADURAS
- COM FANTOCHES
- COM AVENTAIS

CONTAÇÃO:
_ A HISTÓRIA DEVE SER CONTADA CALMAMENTE, PORÉM COM RITMO E ENTUSIASMO.
_ USAR UMA FÓRMULAS TRADICIONAIS DE INTRODUÇÃO E DE ENCERRAMENTO.
_ AO TERMINAR: JAMAIS MORALIZAR O CONTEÚDO NEM DAR EXPLICAÇÕES PSICOLÓGICAS.



CONTANDO HISTÓRIAS COM DOBRADURAS
CAROLINA E O PIRATA

Carolina morava perto do mar e adorava acordar bem cedo e ficar olhando para o horizonte, imaginando que algum dia um navio pirata chegaria àquela cidade, isso mesmo, ela adorava pirata e histórias de pirata.
Num dia de muito sol, Carolina estava lá olhando o mar, quando de repente, avistou um navio e correu para contar para seus amigos que estava chegando um navio pirata. Ninguém acreditou, mas todos foram conferir e, ao pisar na praia, que surpresa! Era um navio pirata com piratas de verdade!
Mas eles não eram tão legais como imaginavam. Foram logo dizendo:
_Vão embora! Não gostamos de crianças!
Todos foram embora e falaram:
_Carolina, esqueça essa história.
Porém, sozinha, ela disse:
_Não vou esquecer, não. Amanhã volto bem cedo para a praia e vou conhecer os piratas.
E foi o que ela fez assim que o sol nasceu. Ficou escondida olhando para o pirata, admirando seu chapéu, e, tomando coragem, perguntou:
_Seu pirata, posso olhar seu chapéu?
Ele respondeu:
_Saia daqui! Eu não gosto de crianças!
Ela insistiu e repetiu:
_Seu pirata, deixe me ver o seu chapéu. Eu gosto tanto de chapéu de pirata.
Como ela não parava de falar, o pirata disse:
_Tudo bem, eu vou te ensinar a fazer um chapéu igual ao meu.
Ela pulou, rodopiou, riu, gritou, só faltou cair de tanta alegria. E ele disse:
_Mas vamos logo, tenho mais o que fazer!!!
... FAZER A DOBRADURA DO CHAPÉU

_Está pronto! (disse o pirata).
Mas Carolina queria ficar lá conversando com o pirata e passou a fazer várias perguntas. O pirata começou a respondê-las e, com muito orgulho, contou suas histórias: os tesouros encontrados no fundo do mar, o salvamento de pessoas, as viagens... Depois de falar sobre muitas e muitas aventuras, o pirata se viu sentindo um carinho pela menininha, mas, mesmo assim, ele disse com voz grossa:
_Vá embora, que já é muito tarde e eu não gosto de crianças!
Aquele dia tinha sido o melhor dia da vida de Carolina, ela estava tão feliz que quase não conseguia dormir.
Quando acordou, adivinhem aonde ela foi? Isso mesmo: pegou seu chapéu de pirata e correu para a praia para ouvir mais histórias de pirata, mas, chegando lá, adivinhem o que aconteceu? O barco não estava mais. Ela olhou para o mar, viu-o sumindo na água e ficou muito triste.
... A PARTIR DA DOBRADURA DO CHAPÉU, FAZER O BARCO

Carolina brincou muito com seu barquinho imaginando seu amigo pirata dentro dele e, todos os dias, ao acordar, ia em direção ao mar esperá-lo voltar.
Um dia, ela estava lá, olhando o mar, quando de repente, avistou um barco grande. Porém o mar estava nervoso, as ondas, bravas, e o barco foi sendo jogado de um lado para outro... Ficou com a parte de cima e o mastro quebrados.
E o mar continuou revoltado e as ondas eram bem grandes.
O barco foi virando, virando e, então, ficou com uma parte do casco quebrada.
... RASGAR UMA PONTA DO BARCO

Depois um outro pedaço do outro lado do casco sofreu o mesmo dano.

... RASGAR A OUTRA PONTA

Carolina já estava desesperada, imaginado o pirata sumindo no meio do mar e que nunca mais iria encontrá-lo. Alguém pode imaginar o que salvará a vida do pirata?
... RASGAR A PARTE DE CIMA DO BARCO, ABRIR PARA VIRAR O COLETE.

O pirata vestiu o colete e começou a nadar, nadar... Até chegar à praia, onde deu um abraço na menininha e disse que estava com saudade. Naquele momento ele gostava de crianças e sempre as reunia para contar suas histórias e aventuras.
FIM
HISTÓRIAS ACUMULATIVAS
São narrações em que os episódios sucedem-se consecutivamente encadeados, numa seqüência pela qual os casos anteriores se repetem face à representação de outro. Os casos acumulam-se então gradualmente até o desfecho, que afinal refere-se ao próprio início da narrativa. O exemplo típico dessa espécie vamos encontrar na estória da formiguinha, cujo pé ficou preso na neve. São estórias que agradam particularmente a crianças novas, pois sua técnica baseada na interação, possibilita maior facilidade ao acompanhamento do enredo.
OUTROS EXEMPLOS:
A SARDINHA E O PATO

Uma sardinha e um pato...
Encontraram uma maneira...
De entrar em uma sapato azul...
De bolinha amarelinha
De fitinha cor-de-rosa
Que a mamãe comprou
E o papai gostou
E o vovô jogou
E o lixeiro levou...

ÁRVORE DA MONTANHA
A árvore da montanha
Nesta árvore tem um galho
O galho da árvore

A árvore da montanha…
Neste galho tem um ninho
O ninho do galho
O galho da árvore

A árvore da montanha…
Neste ninho tem um ovo
O ovo do ninho
O ninho do galho
O galho da árvore



A árvore da montanha…
Neste ovo tem um pássaro
O pássaro do ovo
O ovo do ninho
O ninho do galho
O galho da árvore

A árvore da montanha…
Neste pássaro tem uma pena
A pena do pássaro
O pássaro do ovo
O ovo do ninho
O ninho do galho
O galho da árvore

A árvore da montanha…
Nesta pena tem uma flecha
A flecha da pena
A pena do pássaro
O pássaro do ovo
O ovo do ninho
O ninho do galho
O galho da árvore

A árvore da montanha…
Nesta flecha tem uma fruta
A fruta da flecha
A flecha da pena
A pena do pássaro
O pássaro do ovo
O ovo do ninho
O ninho do galho
O galho da árvore

A árvore da montanha…
Nesta fruta tem uma árvore
Ó que árvore!
A árvore da fruta
A fruta da flecha
A flecha da pena
A pena do pássaro
O pássaro do ovo
O ovo do ninho
O ninho do galho O galho da árvore

MÚSICA PARA INICIAR UMA HISTÓRIA

Palavra Cantada - Uma História

Eu vou te contar uma história, agora, atenção!
Que começa aqui no meio da palma da tua mão
Bem no meio tem uma linha ligada ao coração
Quem sabia dessa história antes mesmo da canção?
Dá tua mão, dá tua mão, dá tua mão, dá tua mão...



LIMERIQUES
São um tipo de poema bem curto. Eles falam de coisas malucas sem sentido e têm sempre cinco versos. A primeira, a segunda e a quinta linhas terminam com a mesma rima. Já a terceira e a quarta são mais curtas e rimam diferentes das outras. Ninguém sabe direito como eles surgiram, mas começaram a fazer sucesso quando um inglês barbudo, gordinho e narigudo, chamado Edward Lear, passou a escrever limeriques. .

Depois de tanta doideira e confusão...
Depois de cair com a cara no chão,
Torcer pernas e o nariz,
o palhaço partiu feliz...
Ganhou asas e virou palhaço-avião...
Elias José

PORQUÊ CONTAR HISTÓRIAS?
Dentre muitos motivos para se contar histórias, podemos destacar alguns para reflexão:

1. As histórias formam o gosto pela leitura - Quando a criança aprende a gostar de ouvir historias contadas ou lidas, ela adquire o impulso inicial que mais tarde a atrairá para a leitura.
2. As histórias são um poderoso recurso de estimulação do desenvolvimento psicológico e moral que pode ser utilizado como recurso auxiliar da manutenção da saúde mental do indivíduo em crescimento.
3. As histórias instruem –Ao enriquecer o vocabulário infantil, amplia seu mundo de idéias e conhecimentos e desenvolve a linguagem e o pensamento.
4. As histórias educam e estimulam o desenvolvimento da atenção, da imaginação, observação, memória, reflexão e linguagem.
5. As histórias cultivam a sensibilidade, e isso significa educar o espírito. A literatura e os contos de fadas dirigem a criança para a descoberta de sua identidade e comunicação e também sugerem as experiências que são necessárias para desenvolver ainda mais o seu caráter.
6. As histórias facilitam a adaptação da criança ao meio ambiente, pela incorporação de valores sociais e morais que ela capta da vida de seus personagens.
7. As histórias recreiam, distraem, descarregam as tensões, aliviam sobrecargas emocionais e auxiliam, muitas vezes, a resolver conflitos emocionais próprios.


Percebe-se, então, quanto é importante que o professor esteja atento às reações infantis, perante as histórias contadas , podendo ser de grande ajuda para compreensão da realidade de cada uma das crianças. ”O compromisso do narrador é com a história, enquanto fonte de satisfação de necessidades básicas das crianças”.(Betty Coelho, 1991).


fonte: partilhandoideiasideais.blogspot.com.b

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Mensagem: Sou Educadora



Sou Educadora
♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥
Quando digo que sou educadora de infância em geral, respondem com um “Ah” tão insípido, que gostaria de dizer:
Em que outra profissão poderias pôr laços no cabelo, fazer penteados inovadores e ver um desfile de moda todas as manhãs?
Onde te diriam todos os dias “És linda”?!!!
Em que outro trabalho te abraçariam para te dizerem o quanto te querem?
Em que outro lado te esquecerias das tuas tristezas para atender a tanto joelho esfolado, e coração afligido?
Onde receberias mais flores?
Onde mais poderias iniciar na escrita,
uma mãozinha que, quem sabe, um dia poderá escrever um livro?
Em que outro lugar receberias de presente um sorriso como este?
Em que outro lugar te fariam um retrato grátis através de um desenho?
Em que outro lugar as tuas palavras causariam tanta admiração?
Em que trabalho te receberiam de braços abertos depois de teres faltado um dia?
Onde poderias aprofundar os teus conhecimentos sobre bichos da seda, caracóis, formigas e borboletas?
Em que outro lugar derramarias lágrimas por ter que terminar um ano de relações tão felizes?
Sinto-me GRANDE trabalhando com pequenos.
A todos os educadores de infância,
que tanto semeiam para que outros recolham
A todos os que escolheram esta profissão…
Obrigada!
(Traduzido e adaptado de: “Soy Maestra” )
♥♥♥
No YouTube há a versão em espanhol e esta em português:

UM RECADO PARA MEUS PAIS


· Perguntem-me o que fiz na escola, encorajando-me para que eu conte algo;

· Mostrem-me um interesse sincero por tudo que eu relatar;

· Não caçoem de meus enganos, valorizem antes os esforços que eu dispendi;

· Falem de minha escola com carinho;

· Digam tudo o que ela precisa saber para compreender-me melhor;

· Não falem de meus problemas na minha frente;

· Não joguem fora meus trabalhinhos, tão importantes para mim;

· Ensinem-me uma freqüência assídua, ajudem-me a chegar pontualmente na escola, mandem justificativa quando eu realmente tiver que faltar;

· Não deixem de ir apanhar-me na hora certa, se eu me sentir abandonado posso ficar com medo de retornar à escola;

· Sempre que possível esteja um de vocês em casa quando eu retornar;

· Dêem-me um lugar para eu guardar meu material e permitam que eu assuma as primeiras responsabilidades;

· Sou uma criança, tratem-me como tal, não sou nem um adulto em miniatura, nem um bebê;

· Não façam comparação entre meu progresso e o do vizinho ou do meu irmão mais velho, ou mesmo com vocês quando tinham a minha idade. Lembrem-se que eu sou um pequeno indivíduo com minhas próprias características;

· Se caso minha professora solicitar opinião ou acompanhamento de um especialista, não reclame, aceitem, porque estou precisando;

· Todo material solicitado visa o meu desenvolvimento global, não é sem utilidade.



“A integração entre a escola e a família é fundamental na construção dos valores necessários para a formação integral da criança.”Angela Becker”

HISTÓRIA: A CASA FEIA- MARY FRANÇA E ELIARDO FRANÇA

Montar e pintar esse livrinho,as crianças irão amar!!!!!

A CASA FEIA - MARY FRANÇA

Diretor da escola: o protagonista esquecido


Diretor da escola: o protagonista esquecido

17 de abril de 2013 
Autor: Gustavo Ioschpe
pequeno normal grande
Gustavo Ioschpe
Quando se fala em educação, logo se pensa em professores e alunos. Cada vez há mais indícios, porém, de que esse foco na sala de aula é o típico caso em que não conseguimos ver a floresta por estarmos tão preocupados com as árvores. Salas de aula não flutuam por aí, afinal: o locus do ensino é a escola, uma organização bastante complexa. que precisa reter bons profissionais, interessar e estimular alunos e agradar a pais e líderes políticos. Quem rege essa orquestra toda é o diretor escolar.
Sabemos relativamente pouco sobre ele. Alguns estudos mostram que a maneira como um diretor chega ao cargo é importante: escolas que têm diretor escolhido por processos que envolvem provas seguidas de eleições, ou pelo menos via eleição, têm alunos que aprendem mais do que aquelas em que o diretor é fruto de indicação política. Como costuma acontecer no Brasil, privilegiamos o caminho errado: os últimos dados mostram que 46% dos diretores de nossas escolas chegaram ao posto por indicação de alguém.
Outro erro que cometemos é imaginar que o diretor é um mero burocrata responsável por administrar as instalações físicas da escola e passar um corretivo nos baderneiros. O bom diretor, porém, faz bem mais do que isso. No livro “Organizing Schools for Improvement”. os autores definem bem as quatro áreas que o gestor escolar deve dominar: capacitação dos professores, criação de um clima propício ao aprendizado, envolvimento com a família e ensino ambicioso, visando ao ingresso na universidade.
Alguns desses quesitos são difíceis de medir e quantificar. O trabalho de um bom diretor é indireto: assim como se nota o trabalho de um bom técnico pelo desempenho de seus jogadores, a virtuosidade de um diretor se manifesta pelo trabalho de seus professores. Um bom diretor consegue criar um clima ordeiro e organizado, em que alunos e professores podem dar o seu melhor com o mínimo de interrupções. Pesquisas demonstram que alunos aprendem mais naquelas escolas em que há um clima positivo e onde os professores reconhecem a liderança do seu diretor. Pesquisas internacionais (todas disponíveis em twitter.com/gioschpe) comprovam que, quando o diretor tem poder para contratar e demitir professores, os alunos têm desempenho melhor. Outra pesquisa mostra que os diretores têm boa capacidade para prever, antes da contratação, quais serão os professores excelentes e quais os ruins. Faria sentido, portanto, mudar o processo de seleção de professores, que hoje se resume a um concurso público que avalia quase tudo — menos a capacidade do sujeito de ensinar um determinado conteúdo —, para um processo que envolva uma entrevista com os bons diretores escolares.
Um erro que cometemos é imaginar que o diretor é um mero burocrata responsável por administrar as instalações físicas da escola
O bom diretor escolar é um líder pedagógico, além de ser um bom gestor. Nas escolas de primeiras séries, há evidências de que o conhecimento do diretor sobre as matérias ensinadas e sua intervenção nas práticas dos professores — especialmente aqueles com dificuldades — melhoram o desempenho dos alunos. Nos anos mais avançados, é impossível para um diretor dominar todas as áreas, de forma que seu impacto precisa ser indireto, mas não por isso ele é menos importante. Pesquisas sugerem, por exemplo, que em aulas de linguagem uma estratégia em que os alunos se engajam através de questionamentos e uma postura interativa facilita o aprendizado, enquanto em aulas de matemática ocorre o oposto: estratégias em que o professor passa mais tempo explicando conceitos, formalizando o conhecimento, têm melhores resultados. O mau diretor acha que cada professor deve fazer o que bem entender. O bom diretor julga que todos precisam de orientação e que a escola deve ter um padrão. Por isso é que normalmente não se veem escolas com resultados muito díspares entre séries ou disciplinas. Ainda faltam pesquisas para esmiuçar esse fenômeno, mas em minhas andanças por escolas Brasil afora ficam claros dois fatores. Primeiro, os semelhantes se atraem: professor descompromissado procura escola de diretor idem, e bons diretores fazem o possível para afastar os maus professores e atrair os bons. Uma diretora arretada de escola pública de Fortaleza me contou que uma de suas professoras tirava licença médica atrás de licença médica. Ela também trabalhava em uma escola particular, só que a essa comparecia sempre. Quando a professora estava de licença, a diretora ligava para a escola particular e descobria se ela estava trabalhando. Depois de alguns meses em que teve seu comportamento desmascarado, a professora malandra pediu para sair. O segundo mecanismo é através do exemplo. Quando um professor sabe que seu diretor está batalhando e que vai cobrá-lo, isso é motivador. E vice-versa: visitei uma escola em Goiânia em que a diretora resolveu afrouxar as cobranças sobre alunos e professores porque queria se candidatar a vereadora e não convinha antagonizar ninguém. Os professores ficaram tão desmotivados, e trataram seus alunos com tanta indiferença, que logo a escola saiu do controle: os alunos, enraivecidos, começaram até a riscar o carro de professores.
Outra marca do bom gestor escolar é a relação com a comunidade. Em linhas gerais, os bons diretores atraem os pais, trazendo-os para peno da escola. Só assim um pai ou mãe poderá monitorar, cobrar e ajudar os filhos. Os maus gestores só se lembram de que os pais existem quando precisam culpar alguém pelo insucesso da escola. Eles costumam tratar os pais com menosprezo e distância: para um pai marcar uma reunião com um diretor desses, é missão impossível. Bem diferente de uma marca freqüente do bom diretor: ele espera pais e alunos no portão da escola, todos os dias, na entrada e na saída. É uma oportunidade de estreitar o contato com os pais. comentar os problemas do dia a dia antes que cresçam e simplesmente se colocar à disposição de todos.
Ainda estamos longe de desvendar todos os mistérios da boa gestão escolar, mas a pesquisa traz três achados encorajadores. O primeiro é que, no Brasil, onde a bagunça administrativa é generalizada, iniciativas muito simples para pôr a casa em ordem têm efeito significativo. Um programa de intervenção na gestão das escolas estaduais de São Paulo que se encontravam entre as 5% piores trouxe melhoras no aprendizado dos alunos de até incríveis 40%. Resultados que vêm com medidas simples como oferecer mais aulas de reforço, coibir faltas de professores e passar mais tempo visitando e acompanhando as salas de aula. O segundo é que o salário do diretor está diretamente relacionado com o aprendizado dos alunos, ao contrário do salário dos professores. É bem mais barato e eficaz mexer no salário de diretores (menos de 200.000 pessoas) do que no de professores e funcionários (mais de 5 milhões). Terceiro, o impacto da gestão escolar é enorme: pesquisas americanas sugerem que um quarto da disparidade de desempenho entre escolas é diretamente atribuível a diferenças de gestão. Depois das ações dos professores em sala de aula (que respondem por um terço), esse é o quesito mais importante na determinação do sucesso acadêmico dos alunos.
Fonte: revista “Veja”

quarta-feira, 22 de maio de 2013

UMA CAIXA E SUAS HISTÓRIAS


Meu novo elemento mágico...

Acho que vocês já perceberam que eu adoro " inventar moda" ...ops... " inventar histórias"...
Achei esse livro na casa de uma amiga de BH e fiquei encantada.
Não deu outra, vou contá-la...mas como?
Como a história gira entorno de caixas...tive essa idéia para contá-la.
Fiz uma "caixa personagem"...uma "caixa viva". Dela vai sair essa história e muitas outras!

Vou contá-la na segunda-feira.


Vou fazer a história em forma de fichas e tirar uma, a uma, e contar...
É uma forma de ler bem diferente.
Acho que as crianças vão adorar!
Assim vão experimentar e brincar... ou melhor vão ler de uma forma divertida!

O homem que amava caixas
Era uma vez um homem.
O homem tinha um filho.
O filho amava o homem.
E o homem amava caixas.
Caixas grandes, caixas redondas, caixas pequenas, caixa altas, todos os tipos de caixas!
O homem tinha dificuldade em dizer ao filho que o amava; então, com suas caixas, ele começou a construir coisas para seu filho.
Ele era perito em fazer castelos e seus aviões sempre voavam... a não ser, claro, que chovesse.As caixas apareciam de repente, quando os amigos chegavam, e, nessas caixas, eles brincavam... e brincavam.
A maioria das pessoas achava que o homem era muito estranho. Os velhos apontavam para ele. As velhas olhavam zangadas para ele. Seus vizinhos riam dele pelas costas.
Mas, nada disso preocupava o homem.
Por que ele sabia que haviam encontrado uma maneira especial de compartilharem o amor de um pelo outro.